FATOS POLICIAIS

quinta-feira, 4 de agosto de 2022

 


CLÓVIS TRAVASSOS SARINHO, PATRONO DA CADEIRA DE Nº 116 DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RIO GRANDE DO NORTE

Ele nasceu em Olinda (PE) no dia 05 de junho de 1910, porém criança foi transferido para João Pessoa, onde estudou no Liceu Paraibano e aos 18 anos voltou as terras pernambucanas para estudar Medicina. Lá, ele começou a sua vida política. O mesmo dirigiu a Sociedade dos Internos, redigiu vários trabalhos científicos e realizou o I Congresso de Estudantes Internos de todo o país, revelando qualidades morais e técnicas em campos diversificados.

Em 1934, recebeu um convite para trabalhar no recém construído Hospital do Seridó, em Caicó. Apesar de suas qualificações e de seu currículo acadêmico exemplar, encontrou dificuldades quanto à sua credibilidade profissional junto à população seridoense pela sua aparência muito jovial – tinha apenas 24 anos. a confiança da população, no entanto, chegou quando operou um paciente muito popular, que fazia questão de exibir a cicatriz da cirurgia de apêndice com aspecto de boa recuperação, e dizia para todos que quem o havia operado era o “Dotozim Novo”. Logo se firmou como cirurgião habilidoso que introduziu práticas e técnicas médicas modernas em toda região do Seridó. Sua boa fama de exímio operador chegou ao conhecimento do Dr. Januário Cicco, que o convenceu a vir trabalhar na capital. Sarinho mudou-se para Natal em junho de 1935. Em 1º de Agosto de 1935, assumiu a chefia da Clínica Cirúrgica do então Hospital Miguel Couto (hoje Hospital Universitário Onofre Lopes). Nesse cargo permaneceu até o dia 07 de abril de 1942.

No seu primeiro ano trabalhando em Natal, teve atuação destacada no atendimento aos feridos da Intentona Comunista. Instalou-se no hospital durante toda a duração da insurreição, sem sequer ir em casa. Dentre as dezenas de feridos por ele atendidos, esteve um dos principais líderes do movimento, o cabo Giocondo Dias, que anos depois destacou-se na hierarquia partidária e sucedeu Prestes na direção geral do Partido Comunista Brasileiro, algo que Sarinho menciona em sua carta à Revista Veja.

Apesar dos biógrafos quererem mostrar uma ideia de que ele foi o herói de Prestes, muitos esquecem de comentar o flerte com o fascismo. Em 1937, segundo o jornalista Luiz Gonzaga Cortez, ele participa do grupo Integralista aqui no Rio Grande do Norte. Apesar de ter ajudado os comunistas, por acreditar em ajudar o próximo, ele era totalmente contrário da ideologia. De acordo com o jornalita Cortez, em trecho publicado na monografia do historiador da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN):

O médico Clóvis Travassos Sarinho alegava muito bem que o comunismo “acerta no diagnóstico e eira no tratamento” foi uma maneira que o doutor encontrou para dizer que o comunismo identificava os problemas da sociedade e estava em um caminho certo até querer resolver tudo pelas armas. O que causou um certo pânico na população, tornando-se o comunismo um inimigo social.

Sarinho confirmou que era integralista e em 1991 tentou explicar o porquê em sua autobiografia. “Filiei-me à Ação Integralista por convicção, não por ouvir dizer, diria mais tarde, adiantando que não fora influenciado pela opinião dos correligionários nem, tampouco, o impressionavam as críticas … por uma questão ideológica ou por não terem lido nada sobre o assunto” (SARINHO, 1991, p. 183).

FONTE - BRECHANDO

 

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